Quando meu dia de trabalho acaba, mesmo sendo aquele dia que tudo deu errado e sei que não terei um dia seguinte tranquilo, basta lembrar do que tenho em casa me esperando, então saberei também que tenho motivo para sorrir e isso me faz continuar, porque um momento como este não se mede e não se esquece:
Aqui a palavra será dita, embora nem sempre compreendida. Entre e sinta-se livre para ler, apreciar e comentar. Volte sempre caso o conteúdo agrade. A escolha, caro leitor, será sempre sua.
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Creep, Radiohead
Creep, Radiohead
Verso corta-pulso:“Mas eu sou um verme / Eu sou um esquisitão / Que diabos estou fazendo aqui? / Eu não pertenço a esse lugar”
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Tanto pra fazer,
metas a atingir.
Coisas a dizer,
folhas a imprimir.
Textos sem acabar,
Idéias a compor,
O café a esfriar,
Almoço sem sabor.
O dia a correr,
trabalho a acumular.
Sem tempo a perder,
todo dia, sem parar.
Essa quarta-feira quer me matar, mas tudo bem, uma hora ela acaba e eu consigo chegar vivo em casa para ver minha família e dormir tranquilo.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Primeiros relatos de um pai coruja
Esta foi a primeira noite em claro após a alta da
maternidade de minha esposa e minha filha. Simplesmente não consegui dormir,
mas foi por uma causa sublime.
Luana foi uma sementinha desejada e muito esperada por
Roberta e eu. Não víamos a hora de ver o rostinho de nossa princesinha e
estamos tão encantados pela nossa garotinha que não nos agüentamos de tanta
alegria.
Um amigo disse que tudo mudaria, e que quando eu a visse
pela primeira vez seria impossível não chorar pela sensação que teríamos. Ele
estava certo! Não consigo deixar de chorar de felicidade quando a vejo fazendo as
mais variadas caretas enquanto procura o leite na mãe.
Chorei desesperadamente no pesadelo que foi o atendimento
demorado e conturbado anterior à internação, e deste fato não direi mais uma
palavra neste texto, mas quando a vi pela primeira vez no berçário não pude
deixar de exclamar: “Deus, como ela é linda, obrigado!” – e chorei de
felicidade.
Desde então não consigo deixar de repetir para a Roberta
como nossa filha é linda e chorar com um sorriso bobo de orelha a orelha. E
como todo pai novato eu fico apreensivo com cada ruído, cada sinal diferente e
cada movimento que ela faz.
A noite também foi muito fria, com um vento gelado daqueles
que passam assoviando, portanto redobrei os cuidados e fiz questão de
acompanhar o sono de minha menininha, mas ela teima em não dormir bem à noite
no berço. Depois de muitas tentativas, acabamos cedendo e colocando-a entre nós
dois, e assim dormiu sem interrupções durante o resto da noite.
Minha esposa também dormiu, pois estava muito cansada e, me
conhecendo como conhece, sabia que eu não pregaria o olho. Estava certa também,
pois não consegui descansar sabendo que Luana, aquele pedacinho de felicidade incomensurável,
estava ao meu lado. Só pelo pavor de machucá-la não poderia jamais dormir
relaxado e então de pouco em pouco cochilava para acordar de sobressalto e
procurar imediatamente o rostinho dela e confirmar se estava tudo em ordem.
Foi uma noite de preocupação paternal, mas muito gostosa,
pois não há palavras em qualquer idioma para descrever o que senti.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
O destino de cada um está atrelado às decisões tomadas pelo próximo e por nós mesmos
No domingo fui à casa de minha noiva
buscá-la para irmos a um aniversário. Dirigia devagar. Sempre procuro ter
cuidado e agora que ela está grávida, e a poucos dias de ter nossa filha,
procuro ser mais zeloso ainda.
Minha cidade é pequena – nem
sequer possui semáforos – e por isso mesmo depende-se mais do respeito às leis
e ao próximo do que apenas à sinalização, mas infelizmente não é o que
acontece.
Peguei a avenida e continuei
dirigindo tranqüilo até chegar a um ponto com um senhor em cima da faixa de
pedestre, tentando atravessar. Obviamente parei o carro, pois não há tráfego nesta
cidade que justifique uma falta de respeito e, aliás, era direito do cidadão
ter a preferência e minha obrigação como motorista respeitá-lo.
De início ele estranhou, pois não
é hábito deste povo de mente provinciana e comportamento semibárbaro o respeito
ao próximo, mas iniciou a travessia. Lá no fundo, pelo retrovisor, vi um veículo
em alta velocidade se aproximando. O senhor havia atravessado quase toda a
frente do meu carro quando o outro motorista passou pela minha direita
ignorando a faixa e o pedestre, passando a uns trinta centímetros dele.
Ainda aguardei o senhor chegar à
calçada e recebi um aceno de mão, agradecendo a gentileza, enquanto o outro
motorista já fazia a curva no final da avenida.
Fiquei muito irritado com a
atitude do motorista. Sinceramente, gostaria de vê-lo sendo punido, mas isso
foge à minha vontade. No entanto, refletindo sobre isso e voltando um pouco a
história ao ponto em que parei aguardando o senhor atravessar, caso ele não
tivesse vacilado os 2 ou 3 segundos para
atravessar a rua, teria sido atropelado.
Meu desejo teria se realizado de
uma forma distorcida, pois o motorista seria punido, mas a um custo muito alto
e então, hoje, quando escrevia estas linhas, lembrei da seguinte passagem da
conversa entre Gandalf e Frodo, em O Senhor dos Anéis.
(...)“...É uma pena que Bilbo não tenha apunhalado aquela criatura vil, quando teve a chance!— Pena? Foi justamente Pena que ele teve. Pena e Misericórdia: não atacar sem necessidade(...)...Merece a morte.— Merece! Ouso dizer que sim. Muitos que vivem merecem a morte. E alguns que morrem merecem viver. Você pode dar-lhes vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém à morte. Pois mesmo os muito sábios não conseguem ver os dois lados."
(...)
J.R.R. TolkienO Senhor dos Anéis: A sociedade do AnelLivro 1, capítulo 2
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Não sou mais o mesmo!
Para aqueles que me conheceram e ainda mantém contato a mudança foi significativa, isso eles podem ver. O fato é que, com o tempo, a cabeça muda, a forma como interagimos com o mundo muda. Certos defeitos – ou virtudes – permanecem; de uma forma geral alteramos nosso comportamento perante tudo.
E nessa mudança, toda minha agressividade e melancolia, presença marcante em meus textos, se perderam, de certa forma. Não que eu não queira voltar a escrever como antes, só não consigo enxergar um espaço para esse tipo de texto, pelo menos no momento.
Continuo com as minhas idéias, continuo com material por terminar ou começar, mas a verdade é que eu não quero mais escrever sobre essas coisas, não agora. Antes, meus textos eram minha prioridade porque era tudo o que eu tinha de importante, agora a única coisa importante e que tem prioridade é minha família.
Obviamente, isso não é um adeus, mesmo porque a literatura faz parte da minha vida. Entretanto, conforme os anos passaram, aquela mesma agressividade e melancolia deram lugar para a preocupação e alegria.
Preocupação porque quero o melhor para minha filha, que está chegando este mês. Alegria porque não vejo a hora de brincar com ela e acompanhar seu crescimento. E se há algo que venho pensando mais que escrever é nos passeios que farei com ela aos finais de semana – ou mesmo finais de tarde.
Não posso deixar de falar de minha esposa, que compartilha os mesmos medos e alegrias, e que juntos estamos ansiosos demais com a chegada de nossa vida.
É, definitivamente não sou mais o mesmo!
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Definição de filho..
Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo!
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo...
José Saramago
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
domingo, 28 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Aviso aos (pseudo-)leitores
Desde sempre deixei claro que expresso minha criatividade neste blog, além de críticas baseadas em minha opinião.
Não escrevo para que gostem de mim, não escrevo para aparecer. Escrevo porque gosto! Se você, caro leitor, acompanha meu trabalho é porque gosta do que faço, e isso já basta.
Mas há os que gostam de se intrometer, achando que esse ou aquele texto é pessoal demais, ou uma verdade inexorável. Para os que entendem realmente de literatura, não preciso explicar o que é Formalismo Russo, para os demais, vão estudar. Talvez descubram que existe muito mais coisa interessante para se fazer do que me encher o saco!
Um abraço a todos!
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