quinta-feira, 18 de março de 2010

Memórias


Aquele sentimento era opressor, e ele sabia disso. Já o sentira antes, e agora sentia novamente. Aquela angústia, a sensação de abandono, de solidão, de vazio!
Toda a alegria de outrora se resumia neste momento a um esquecimento de tudo o que era saudável, e só podia pensar em desprezo.
Desprezo da vida para com ele, ou dele para com a vida? Isso não sabia responder, mas estava disposto a descobrir e então levantou a cabeça e seguiu em frente, esmagando suas memórias ruins e, pela primeira vez, e apenas em um lampejo, vislumbrou possibilidades se formando em seu futuro próximo. Sorriu. Agora sabia o que fazer, e continuou caminhando, mas desta vez confiante.

Por Rafael Franzin