quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não sou mais o mesmo!


Para aqueles que me conheceram e ainda mantém contato a mudança foi significativa, isso eles podem ver. O fato é que, com o tempo, a cabeça muda, a forma como interagimos com o mundo muda. Certos defeitos – ou virtudes – permanecem; de uma forma geral alteramos nosso comportamento perante tudo.
E nessa mudança, toda minha agressividade e melancolia, presença marcante em meus textos, se perderam, de certa forma. Não que eu não queira voltar a escrever como antes, só não consigo enxergar um espaço para esse tipo de texto, pelo menos no momento.
Continuo com as minhas idéias, continuo com material por terminar ou começar, mas a verdade é que eu não quero mais escrever sobre essas coisas, não agora. Antes, meus textos eram minha prioridade porque era tudo o que eu tinha de importante, agora a única coisa importante e que tem prioridade é minha família.
Obviamente, isso não é um adeus, mesmo porque a literatura faz parte da minha vida. Entretanto, conforme os anos passaram, aquela mesma agressividade e melancolia deram lugar para a preocupação e alegria.
Preocupação porque quero o melhor para minha filha, que está chegando este mês. Alegria porque não vejo a hora de brincar com ela e acompanhar seu crescimento. E se há algo que venho pensando mais que escrever é nos passeios que farei com ela aos finais de semana – ou mesmo finais de tarde.
Não posso deixar de falar de minha esposa, que compartilha os mesmos medos e alegrias, e que juntos estamos ansiosos demais com a chegada de nossa vida.
É, definitivamente não sou mais o mesmo!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Definição de filho..


Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo!
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo...

José Saramago