quinta-feira, 14 de julho de 2011

O Escritor e seus pensamentos

Certa vez um amigo disse que o amor era algo egoísta, que você amava porque queria a pessoa só para você. Na época não concordei, mas nunca me esqueci dessa conversa e sempre parei para refletir sobre o assunto.
Acredito que o amor não seja simplesmente algo egoísta, na verdade todo e qualquer ser humano tende a ser egoísta em maior ou menor grau. Em minha opinião, isso é fato. A única coisa que nos separa da bestialidade é a capacidade de discernirmos entre pensamentos e atos e cedermos às opiniões dos outros, corretas ou não, e estes outros também cederem às nossas opiniões conforme a necessidade e contexto.

Citando um exemplo, durante uma de minhas aulas, uma aluna comentou que não queria que seu filho namorasse porque ia atrapalhar sua rotina, tirar sua liberdade, que ela estragaria a vida de seu filho etc. Argumentei meu ponto de vista, ela parou, pensou e respondeu que não era egoísmo, que era cuidado com o filho. Então contra-argumentei o óbvio: Você está incomodada porque alguém vai tirar o SEU filho de você, vai entrar na SUA casa, atrapalhar a SUA rotina, incomodar a SUA privacidade. Onde entra a vontade do seu filho, mesmo? Diante das informações ela parou e se repreendeu, confessando que nunca havia parado para pensar dessa forma e que realmente só estava pensando pelo lado dela. É claro que encontramos amor aí também – o amor de mãe. 

Portanto, hoje, concordo com o que meu amigo disse tempos atrás, mas vou além, afirmando que é da natureza humana ser egoísta em qualquer meio, seja pessoal, profissional ou social.

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