
Entre conversas e risadas, ouvia a noite na pele de um estranho, alguém calado e solitário em um balcão rodeado de sorrisos e copos. Ignoravam-no! E ali permanecia na pele de uma rocha, com a alma de um poeta, taciturno, acompanhando como um mero espectador a vida noturna.
Lá fora uma leve chuva caia, refrescando a noite e agrupando os transeuntes que não queriam se molhar. A cada minuto mais pessoas entravam, e mais copos passavam pelo balcão onde estava. No entanto, continuava invisível.
E neste momento, pensativo, olhando para fora, a viu de relance passando alegre e sorrindo, acompanhada. Foi então que aquela rocha fria, encostada no balcão, mudou a feição no rosto e se entristeceu. Se fosse possível ser visto, se alguém quisesse ou fosse capaz de enxergá-lo, poderia jurar que uma lágrima amargurada caiu de seus olhos.
28/03/2010
Por Rafael Franzin
28/03/2010
Por Rafael Franzin
Nenhum comentário:
Postar um comentário